Não tem intenção alguma o nosso blogue prejudicar quem quer que seja, apenas é nossa intenção ajudar o nosso concelho de Moura a criar um futuro melhor e igual para todos.
Desta forma, a pedido do Dr. Santiago Macias, decidimos retirar a informação sobre a nova construção que está no castelo.
Pedimos desculpa se prejudicamos alguém, não era essa a nossa intenção.
2 comentários:
A sua afirmação "o Dr. Santiago Macias que explique publicamente a todos os munícipes qual a razão de só agora aparecerem achados arqueológicos junto da obra existente." ou é a persistência da sua desconfiança, o que seria muito mau ou então não compreendeu muito bem o que efectivamente se passou.
Quero acreditar que é desconhecimento e por isso abro uma excepção e escrevo em blogues administrados por anónimos, porque as afirmações são, sem dúvida, de uma extrema gravidade.
Não foi agora que apareceram achados arqueológicos junto ao edifício. Têm decorrido trabalhos arqueológicos naquele local, se não me falha a memória, desde 2006, quando a tutela, agindo de acordo com o que está previsto na lei, requereu que fossem previamente realizadas sondagens de diagnóstico. Estas intervenções permitiram realizar uma primeira avaliação sobre que surpresas o subsolo guardaria. Com base nisso os organismos da administração central decidiram então, e de acordo com os dados obtidos por essas sondagens arqueológicas, sujeitar os trabalhos de construção do Posto de Recepção ao Turista a acompanhamento arqueológico, nomeadamente da abertura mecânica dos caboucos do edifício.
Em 2010 quando a obra se iniciou esse acompanhamento foi realizado por mim. Após se terem detectado níveis da Idade do Ferro subjacente a entulhos recentes, a obra foi interrompida e a tutela definiu que deveriam ser feitos trabalhos arqueológicos, que implicaram a escavação manual dos níveis que iriam ser afectados. E assim fizemos. Obtivemos com essa intervenção dados importantíssimos sobre a primeira ocupação humana do Castelo. Com essa informação já fizemos uma primeira apresentação ao público dos resultados (que decorreu na Biblioteca Municipal no ano passado) e inclusivamente a National Geographic Society dedicou-lhe uma notícia, que foi aliás considerada a melhor dentro do género "Arqueologia", para o mês em questão, de entre de todas as revistas da NGS que, como sabe, é publicada em dezenas de países.
Neste processo não foram afectadas nenhumas estruturas arqueológicas (Leia-se "ruínas").
Este foi apenas o primeiro capítulo.
Numa segunda fase, já em 2011, a tutela autorizou que os trabalhos de construção do edifício fossem retomados, embora novamente condicionados a acompanhamento arqueológico. No entanto na abertura da nova área foram imediatamente detectadas um grande número de estruturas arqueológicas, o que implicou novamente a suspensão dos trabalhos de construção do edifício e a sua escavação manual. Foi nesta fase que, para além da descoberta de duas lápides romanas, tendo uma delas sido já publicada (pode consultar aqui o artigo: http://www.uc.pt/fluc/iarq/pdfs/Pdfs_FE/FE_103_2012.pdf), se descobriu a Igreja Medieval de S. Tiago e a necrópole a ela associada. A importância dos achados levou a que a câmara solicitasse a alteração do projecto de forma a valorizar as "ruínas" encontradas.
O publicação do estudo destas estruturas será feito muito brevemente.
Espero que agora se sinta esclarecido e com base nisso trate também de alterar a sua frase "(...)qual a razão de só agora aparecerem achados arqueológicos junto da obra existente."
Porque, caro Conmoura, passa-se precisamente o contrário, o edifício do posto de recepção ao turista é que foi fortemente condicionado pelas ruínas arqueológicas que, ao contrário do que sugeria,foram postas a descoberto por arqueólogos como resultado de trabalhos arqueológicos.
Cumprimentos
José Gonçalo Valente
Arqueólogo. Responsável científico pelos trabalhos de escavação e acompanhamento arqueológico no posto de recepção ao turista do Castelo de Moura
Agradecemos ao Dr.José Gonçalo Valente toda explicação e esclarecimento publico sobre as descobertas arqueológicas no nosso castelo.
Mais uma vez criamos aqui frisar que não foi nossa intenção prejudicar quem quer que fosse, apenas queríamos que fosse esclarecido publicamente se foram feitas sondagens arqueológicas antes da obra.
Feito o esclarecimento, agradecemos mais uma vez a informação aqui publicada.
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