quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Escavações arqueológicas no castelo de Moura, esclarecimento publico


Tal como tinha sido sugerido pelo CONMOURA, o DR. Santiago Macias enviou-nos um e-mail com todas as respostas e esclarecimentos sobre as escavações arqueológicas no Castelo de Moura, que passamos a publicar na integra:

Inicio de e-mail

Caro(s) Senhor(es)

Junto envio pequeno texto. A única condição é que a publicação seja integral:

1. A realização de obras em sítios como o castelo de Moura são, obrigatoriamente, antecedidas e/ou acompanhadas por escavações arqueológicas.
2. A obra do novo edifício de receção ao turista passou por esses trâmites, tendo os trabalhos sido superiormente autorizados. A intervenção foi assegurada três arqueólogos: José Gonçalo Valente e eu próprio.
3. Na zona atualmente ocupada pelo edifício não foram detetadas estruturas ou achados suscetíveis de modificarem o curso da obra.
4. Na área contígua ao edifício, pelo contrário, os trabalhos de sondagem puseram a descoberto vestígios de uma rua do século XII, restos de uma igreja do século XIV e estruturas mais recentes. As estruturas não surgiram agora, mas sim há mais de dois anos. Têm estado visíveis durante todo esse tempo.
5. Essas descobertas obrigaram a uma alteração ao projeto, que foi significativamente "cortado" para permitir a preservação das construções detetadas. Que serão, a partir de março, integradas no percurso de visita ao castelo. Haverá, no local, painéis explicativos.
6. Todos os materiais destas escavações estão em edifícios camarários. São pertença do Município de Moura e serão expostos no Museu Municipal.
7. Durante o ano de 2012 a intervenção foi acompanhada por uma antropóloga, que se ocupou da identificação e levantamento de um apreciável número de sepulturas medievais. Esses trabalhos tiveram a devida autorização das entidades competentes.
8. As obras foram visitadas inúmeras vezes pelos arqueólogos da DGPC (ex-IGESPAR), com os quais mantivémos permanente contacto e diálogo.
9. Há informações sobre este processo em muitos sítios: no processo existente na DGPC, nas atas das reuniões de Câmara (que são públicas), no jornal "A Planície" (artigo em 6.8.2012), bem como, por diversas vezes, no meu blogue. Os resultados têm sido apresentados e discutidos em reuniões de caráter científico. Uma peça proveniente da escavação acaba de ser dada a conhecer no prestigiado "Ficheiro Epigráfico". Um livro sobre o sítio está a ser concluído.
10. Nem os meus colegas nem eu trabalhamos de forma ilegal ou atropelando regulamentos. Ao contrário do que se disse, foram respeitadas todas as normas e todos os procedimentos técnicos e científicos. Tem sido assim e assim continuará a ser.

Cumprimentos

Santiago Macias


Fim de e-mail

Agradecemos ao Dr. Santiago Macias todo o esclarecimento, aqui publicado, sobre as obras no castelo de Moura. 
Com a ajuda do Dr. Santiago Macias e do Dr. José Gonçalo Valente, pensamos ter contribuído para retirar as muitas dúvidas que, tal como nós, muitos munícipes ainda tinham.
O nosso blogue continua aberto a todos os que queiram contribuir para um concelho de Moura melhor e não para prejudicar quem quer que seja.

2 comentários:

Anónimo disse...

Considero a explicação apresentada sobre a matéria objetiva e isenta,Aliás , não poderia ser de outro modo dado o interesse público em causa.No entanto, como já comentei essa matéria no blog do Dr. Santiago,mantenho a mesma opinião: isto é, o grande público e a juventude mostra-se arredada de muitas dessas descobertas e estudos arqueológicos.As razões a meu ver traduzem-se no "secretismo" com que essas descobertas e estudos se processam; Não existe a obrigatoriedade da sua divulgação no site do município.É matéria que é deixada apenas ao critério dos arqueológos, algo que considero redutor dos interesses públicos em causa.

Anónimo disse...

"o grande público e a juventude mostra-se arredada de muitas dessas descobertas e estudos arqueológicos.As razões a meu ver traduzem-se no "secretismo" com que essas descobertas e estudos se processam; Não existe a obrigatoriedade da sua divulgação no site do município.É matéria que é deixada apenas ao critério dos arqueológos, algo que considero redutor dos interesses públicos em causa."

EIS O QUE SE CHAMA UMA AFIRMAÇÃO ANALFABETA. QUEM ESCREVE TAL COISA NÃO SABE DO QUE FALE.
O QUE É QUE ESTE QUER?
UMA ESCAVAÇÃO SUJEITA A PLEBISCITO?

VAI MAZÉ TRABALHAR!

a) O NEMÁTODO DA ARQUEOLOGIA